Ansiedade e ansiedade de separação com o bebê: o que fazer?
Escrito por: Loris Vitry (treinador e professor de Yoga)
Validado por: Cathy Maillot (Osteopata)
Aviso : Se você tiver alguma dúvida ou preocupação médica, fale com o seu médico. Mesmo que os artigos deste site sejam baseados em estudos científicos, eles não substituem aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional.
Lágrimas e “despedidas” de raiva são comuns durante os primeiros anos de uma criança.
Por volta do primeiro aniversário, muitas crianças desenvolvem ansiedade de separação, ficando com raiva quando um dos pais tenta deixá-las com outra pessoa.
Embora a ansiedade de separação seja uma parte normal do desenvolvimento de uma criança, pode ser preocupante.
Entender o que seu filho está passando e preparar algumas estratégias de enfrentamento pode ajudar os dois a lidar com a situação.
Sobre ansiedade de separação
Os bebês se adaptam muito bem a babás ou qualquer outra pessoa que cuide deles.
Os pais tendem a sentir mais ansiedade por serem separados de seus filhos do que os próprios bebês.
Contanto que suas necessidades sejam atendidas, a maioria dos bebês com menos de 6 meses de idade se adapta facilmente a outras pessoas.
Entre 4 e 7 meses, os bebês desenvolvem uma sensação de “permanência do objeto”.
Eles percebem que as coisas e as pessoas existem mesmo quando estão fora de vista.
Além disso, eles aprendem que quando não podem ver seus pais, isso significa que eles se foram.
Eles não entendem o conceito de tempo, então não sabem que a mamãe vai voltar e, portanto, podem ficar chateados com a ausência dela.
Esteja a mãe na cozinha, no quarto ao lado ou no escritório, o mesmo vale para o bebê, que vai chorar até estar ao seu lado novamente.
Quando começa a ansiedade de separação e quanto tempo dura?
Bebês de 8 meses a 1 ano crescem e se tornam crianças mais independentes, mas eles são ainda mais incertos sobre sua separação dos pais, pois geralmente é quando a ansiedade de separação se desenvolve.
Eles, portanto, ficarão agitados e chateados quando um dos pais tentar ir embora.
Quer você precise ir para o quarto ao lado por apenas alguns segundos, deixar seu filho com uma babá à noite ou deixá-lo na creche, ele pode responder chorando, agarrando-se a você ou resistindo a outra pessoa.
O momento da ansiedade de separação pode variar.
Alguns podem sentir isso mais tarde, entre 18 meses e 2,5 anos.
Outros nunca viverão isso.
Os gatilhos para sentimentos de ansiedade relacionados à separação de um dos pais costumam ser situações triviais, como: o estresse da vida, uma nova babá, um novo irmão, uma mudança ou tensões em casa.
Quanto à duração, varia dependendo da criança e da reação dos pais.
Em alguns casos, dura até o ensino fundamental.
Separação, uma “despedida” temporária
Lembre-se de que essa fase é passageira.
A ansiedade da separação faz com que várias emoções sejam sentidas.
É bom sentir que seu filho está tão apegado a você quanto você a ele.
Mas você também pode se sentir culpado por reservar um tempo para si mesmo, deixá-lo ou ir trabalhar, e pode começar a se sentir oprimido pela quantidade de atenção que seu filho parece querer de você.
No entanto, este é um bom sinal de que laços de apego saudáveis se desenvolveram entre vocês.
Seu filho acabará por lembrar que você sempre volta depois de sair, e isso o confortará o suficiente enquanto estiver fora.
Isso também lhe dará a possibilidade de desenvolver capacidades adaptativas e independentes.
Solução: como ajudar seu bebê?
Aqui estão algumas dicas que ajudarão você e seu bebê nesta fase difícil:
O tempo é essencial
Evite começar uma creche ou berçário com uma pessoa desconhecida quando seu filho tiver entre 8 meses e 1 ano de idade, quando a ansiedade da separação aparece pela primeira vez.
Além disso, evite sair quando estiver cansado, com fome ou inquieto.
Se possível, planeje sair após cochilos e refeições.
Trem
Pratique estar longe um do outro e aos poucos introduza novas pessoas e lugares.
Se você planeja deixar seu filho com um ente querido ou com uma nova babá, convide essa pessoa com antecedência para que ela possa ficar com seu bebê enquanto você está no mesmo quarto.
Se seu filho está começando em um novo berçário ou pré-escola, façam algumas visitas antes de iniciar o horário integral.
Em seguida, deixe seu filho com a babá por curtos períodos de tempo para se acostumar a ficar longe de você.
Fique calmo e consistente
Crie um ritual de saída em que você diga um adeus agradável, amoroso e firme.
Fique calmo e tranquilize-os dizendo-lhes quando e quando você voltará, usando conceitos que as crianças entendam (como depois do almoço).
Dê a ela toda a sua atenção ao se despedir, seja sincero e realmente vá embora, correndo o risco de piorar as coisas.
Cumpra suas promessas
Certifique-se de voltar se você prometeu.
Isso é essencial, pois assim seu filho desenvolverá confiança em você.
Se você é o cuidador do filho de outra pessoa, tente distraí-la com uma atividade, brinquedo, músicas, jogos ou qualquer outra coisa divertida até que ela se acalme.
Acima de tudo, não mencione sua mãe ou pai, mas converse com ele de maneira simples e direta.
Você pode dizer, por exemplo: “Mamãe e papai voltarão assim que terminarem o jantar, vamos brincar com os brinquedos”.
Cuidado com os sintomas alarmantes
Se a ansiedade da separação persistir até a escola primária ou depois e interferir nas atividades diárias, converse com seu médico.
Pode ser uma condição rara, mas mais séria, conhecida como transtorno de ansiedade de separação.
As crianças com esta doença temem ser perdidas ou deixadas para trás por entes queridos e muitas vezes estão convencidas de que algo mau lhes vai acontecer.
É acompanhado por certos sinais, incluindo:
- Sintomas de pânico: náuseas, vômitos ou falta de ar, ataques de pânico antes de um dos pais ir embora;
- Pesadelos sobre separação;
- Medo de dormir sozinho (embora também seja comum em crianças sem sinais de doença);
- A preocupação excessiva de se perder, ser sequestrada ou ir para lugares sem os pais.
Por mais difícil que seja deixar uma criança chorar e chorar por você, é importante ter confiança na capacidade do cuidador de lidar com essa situação.
No entanto, confie nos seus instintos: se seu filho se recusar a ir a uma certa babá, certa creche, ou mostrar sinais exagerados de estresse, saiba que pode haver um problema de guarda.
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